Se antes o mantra era “influenciar para vender”, agora um novo movimento começa a ecoar nas entrelinhas do marketing digital: “menos influência, mais essência”. A tendência da desinfluência está crescendo — não como uma simples moda passageira, mas como um despertar coletivo do consumidor cansado de discursos vazios, promessas forçadas e vitrines perfeitas demais para serem verdade.
Pare por um instante e pense:
Quando foi a última vez que você comprou algo por indicação de um influenciador… e sentiu que aquela recomendação era de verdade? Que havia intenção, experiência real, propósito?
Se essa lembrança está distante (ou inexistente), você não está sozinho. E é justamente aí que mora a grande virada de chave — uma nova era do marketing está começando, e ela exige mais verdade do que palco.
Neste artigo, você vai entender o que é essa tal de desinfluência, por que ela está sacudindo as estratégias digitais, e como você pode transformar sua marca com esse novo olhar.
Spoiler: quem entender essa mudança antes da concorrência, sai na frente.
Então, vem comigo até o final — essa leitura pode mudar a forma como você enxerga (e faz) marketing.
O que é a Tendência de Desinfluência, afinal?
A Tendência de Desinfluência surgiu como um reflexo direto das transformações no comportamento do consumidor — e encontrou solo fértil nas redes sociais, especialmente no TikTok, onde o termo #deinfluencing viralizou no início de 2023.
Mas, ao contrário do que o nome pode sugerir, não significa o fim da influência, e sim o nascimento de uma influência mais honesta, consciente e responsável.
Em vez de dizer “compre isso porque eu uso”, muitos criadores começaram a dizer: “você não precisa disso” — e a explicar o porquê.
Tudo começou com vídeos simples, onde influencers e consumidores comuns expunham produtos que não valeram a pena, quebravam mitos sobre “must-haves” das redes e promoviam um consumo mais crítico. Foi assim que surgiram conteúdos como:
- “Coisas que você NÃO precisa comprar, apesar do hype”
- “Produtos caros que não entregam o que prometem”
- “O que eu compraria de novo — e o que nunca mais”
Mais do que uma hashtag, a desinfluência virou um movimento cultural. Um chamado para repensarmos o que consumimos, porque consumimos e quem está nos influenciando a consumir.
O que levou a esse movimento?
É verdade que a crise econômica global e a inflação acelerada nos últimos anos aumentaram o senso crítico do consumidor.
Mas a desinfluência vai além do bolso. Ela é resultado de um esgotamento emocional e social.
Estamos vivendo a ressaca de uma era em que tudo era vendido com filtros, promessas exageradas e “recebidos pagos”. As redes sociais se tornaram vitrines onde muitos influencers — mesmo sem ter usado o produto de verdade — recomendavam de tudo, a qualquer custo.
Esse excesso levou a uma consequência natural: desconfiança.
Segundo a pesquisa Trust Barometer 2023 da Edelman, 59% das pessoas afirmam desconfiar de influenciadores pagos.
E não é difícil entender o porquê.
As pessoas estão cansadas de:
- Publicidade disfarçada de opinião
- Produtos promovidos sem responsabilidade
- Estéticas inatingíveis vendidas como “normais”
- Conteúdos genéricos que não refletem a realidade
Estamos diante de uma geração que valoriza a autenticidade mais do que o status. Que quer menos perfeição e mais conexão. Que procura por marcas e pessoas que tenham algo real a dizer — e não apenas algo a vender.
A desinfluência nasce desse cansaço coletivo. É um grito silencioso que diz:
“Me mostre a verdade. Me diga o que funciona de verdade. E me ajude a escolher melhor — não só a comprar mais.”
O impacto da desinfluência no marketing digital
Durante anos, a influência digital foi o motor de muitas estratégias de marketing. Bastava um post com um “link na bio” para esgotar estoques. Mas isso está mudando — e rápido.
O que antes era um selo de confiança, agora levanta suspeitas. A razão? O público está mais informado, mais exigente e, acima de tudo, mais consciente do seu poder de escolha.
Hoje, a autenticidade vale mais do que o alcance. Recomendação forçada, publi sem aviso claro e discursos vazios já não convencem. O consumidor consegue identificar quando alguém está indicando um produto por contrato — e não por experiência real.
Esse cenário obriga marcas e criadores a mudarem de rota: transparência, verdade e conexão emocional se tornaram as novas moedas de valor.
Do “compre porque sim” ao “isso realmente vale a pena?”
O marketing digital está passando por uma transformação profunda. A lógica antiga — baseada em gatilhos de escassez, status social e impulsividade — não funciona mais com o mesmo impacto de antes.
O novo consumidor quer saber:
- Por que esse produto foi recomendado?
- Funciona mesmo ou é só mais uma trend?
- Essa marca tem propósito ou só quer vender?
- Isso combina com quem eu sou?
Em outras palavras: ele quer refletir antes de comprar. E isso está reprogramando toda a forma como marcas criam conteúdo, se posicionam e se relacionam com o público.
Hoje, marcas que investem em educação, propósito e prova social autêntica têm muito mais chances de criar vínculos reais — e duradouros — com seus clientes.
Outros impactos da desinfluência que estão mudando o jogo
- Crescimento do conteúdo útil e educativo: tutoriais, reviews honestos e comparativos reais ganham mais espaço do que apenas fotos bonitas com legendas vazias.
- Valorização dos microinfluenciadores: perfis menores, mas autênticos, estão conquistando mais engajamento e confiança do que grandes nomes com campanhas genéricas.
- Foco na comunidade, não na audiência: marcas começam a priorizar construção de comunidade, escuta ativa e interação real — e não apenas likes e seguidores.
Marketing de relacionamento acima do marketing de performance: em vez de anúncios agressivos, o público espera conversas sinceras e presença constante das marcas em seu dia a dia.
Oportunidade disfarçada: como a desinfluência pode ser a virada do jogo para marcas inteligentes
A desinfluência não é o fim do marketing de influência — é uma chamada para evoluir. É o momento ideal para as marcas se reposicionarem, trocando discursos prontos por diálogo real, e audiência por relacionamento genuíno.
Construa confiança antes de construir audiência
Se antes a regra era “atingir o maior número de pessoas possível”, agora a qualidade da conexão importa mais do que a quantidade de seguidores.
Marcas que desejam se destacar nesse novo cenário precisam apostar em estratégias de influência mais humanas, éticas e verdadeiras. Aqui vão algumas práticas que funcionam:
Colabore com microinfluenciadores de nicho
Perfis menores, mas com alta taxa de engajamento, costumam ter comunidades mais próximas e confiáveis. É ali, nas conversas do dia a dia, que as decisões de compra estão sendo realmente influenciadas.
Aposte no UGC (Conteúdo Gerado por Usuários)
Nada cria mais identificação do que ver uma pessoa “gente como a gente” falando sobre sua experiência real. Um vídeo espontâneo ou um review sincero tem mais poder de convencimento do que qualquer roteiro publicitário.
Humanize sua marca em cada ponto de contato
Esqueça os textos frios e corporativos. Fale como quem entende, escuta e se importa. Mostre que por trás da sua empresa existem pessoas reais, que erram, acertam e aprendem junto com o público.
Abra os bastidores
Transparência é a nova moeda da confiança. Mostre o que acontece por trás das câmeras: o time que faz tudo acontecer, os processos, os testes, os desafios e até os deslizes. Isso cria empatia e credibilidade.
E os influenciadores? Eles também estão mudando o jogo
Se antes o objetivo era manter uma imagem perfeita e vender a qualquer custo, hoje muitos influenciadores estão repensando suas estratégias para acompanhar esse novo momento de consciência digital.
Eles perceberam que o público está mais exigente — e que manter a confiança da audiência vale muito mais do que fechar um contrato pontual.
A nova regra é simples: verdade acima de tudo.
Em vez de apenas exaltar produtos, cada vez mais criadores estão compartilhando suas opiniões sinceras, inclusive sobre o que não funcionou para eles.
Vídeos do tipo “o que eu não compraria de novo”, “não vale o hype” ou “isso não é tudo isso que dizem” vêm ganhando espaço, especialmente no TikTok e Instagram.
Essa abordagem mais transparente não só fortalece o vínculo com a audiência, como também posiciona o influenciador como alguém confiável, com critérios reais — e não apenas mais um canal de venda.
Criadoras de conteúdo de beleza estão deixando de aceitar publi de produtos que não se alinham com sua experiência ou valores. Outras só fazem parceria com marcas que permitem liberdade total de opinião, inclusive para apontar defeitos.
Esse movimento mostra que a influência não acabou — ela está se transformando.
Agora, ser relevante é sinônimo de ser honesto.
E para as marcas que souberem trabalhar com esse novo perfil de influenciador, o resultado pode ser ainda mais poderoso: vendas sustentáveis, conexões duradouras e uma reputação à prova de cancelamentos.
Como aplicar a tendência da desinfluência na sua estratégia de marketing digital
A desinfluência não é o fim da influência — é a virada de chave para marcas que querem ser lembradas pela autenticidade, não pela insistência. O mercado está mudando, e as marcas que escutam de verdade seus consumidores têm muito a ganhar.
Aqui estão ações reais para aplicar hoje mesmo:
1. Reavalie suas parcerias com influenciadores
Em vez de escolher pelo número de seguidores, escolha pela credibilidade e afinidade com seu público.
E mais: esteja aberto a ouvir a opinião real desses criadores — mesmo quando ela for crítica. Feedback sincero é uma bússola valiosa para aprimorar produtos e comunicação.
2. Crie conteúdo com propósito, não só com pitch de venda
Dê menos foco no “compre agora” e mais em mostrar como sua solução transforma a vida das pessoas.
Quando o conteúdo tem intenção e verdade, ele informa, inspira e gera confiança.
3. Valorize a prova social verdadeira
Compartilhe prints, comentários e depoimentos genuínos dos seus clientes.
E mais importante: escute essas opiniões. O que eles amam? O que incomoda? Cada mensagem é uma oportunidade de ajustar, evoluir e se aproximar ainda mais do seu público.
4. Invista em conteúdo útil e em SEO
Dê respostas, ofereça guias, facilite decisões. O consumidor quer sentir que sua marca se importa com ele — não só com a venda.
Conteúdo que resolve dores é conteúdo que constrói autoridade e empatia.
5. Mostre suas vulnerabilidades com coragem
Mostre bastidores, erros e aprendizados. Isso humaniza sua marca.
Afinal, quem erra e assume, cresce. E quem cresce junto com seu público, fideliza com verdade.
O papel das agências nesse novo marketing: menos fórmulas, mais verdades
Em tempos de desinfluência, contar com uma agência que compreende essa nova lógica do mercado pode ser a chave para crescer com propósito — e não com promessas vazias.
Na Academia Digital, acreditamos que autenticidade também gera conversão. Unimos estratégia, escuta ativa e conteúdo com verdade para marcas que querem mais do que likes: querem relevância, conexão e impacto real.
Porque hoje, vender não é sobre convencer — é sobre inspirar confiança.
A nova influência começa com verdade
A desinfluência não é o fim da influência. É o renascimento dela, sob uma nova ótica: mais humana, honesta e útil.
O consumidor já entendeu: o que importa não é o que grita mais alto, e sim o que fala com o coração.
Está pronto para parar de tentar influenciar e começar a fazer sentido?
Quando você compartilha sua verdade, aceita suas vulnerabilidades e escuta genuinamente o que o seu público tem a dizer, algo poderoso acontece: você não atrai apenas clientes. Você cria comunidade, respeito e lealdade.
A Academia Digital pode ser sua parceira nessa transformação.
Fale com nossa equipe agora e descubra como alinhar estratégia, escuta e autenticidade — sem abrir mão de resultados.
O futuro do marketing é feito de essência. Vamos construir isso juntos?
Perguntas Frequentes sobre a Tendência de Desinfluência
O que significa desinfluência no marketing digital?
A desinfluência é um movimento que questiona o consumo motivado por influenciadores e promove escolhas mais conscientes, reais e autênticas.
Isso significa que os influencers vão acabar?
Não. Mas o papel deles está mudando. O público exige mais transparência e autenticidade, e menos publicidade forçada.
Como essa tendência pode beneficiar pequenas marcas?
As pequenas marcas têm a vantagem de comunicação mais próxima, verdadeira e personalizada, que é exatamente o que o público busca hoje.
A desinfluência afeta o tráfego pago e o SEO?
Afeta indiretamente. Conteúdos que transmitem valor real e autenticidade tendem a performar melhor. Isso favorece tanto SEO quanto campanhas pagas bem segmentadas.
Como a minha marca pode começar a aplicar isso?
Ouça seu público, crie conteúdos úteis, seja transparente e trabalhe com parceiros que compartilham do seu propósito — não só do seu orçamento.